“Você
simplesmente tem medo de mulheres fortes!” Não consigo contar a quantidade de
vezes que escutei esta acusação sendo lançada aos homens que rompem com suas
namoradas depois de cansarem-se de suas posturas feministas e excêntricas.
Eu
confesso: tenho medo de “mulheres fortes”. Há boas razões para não
gostar delas e até mesmo para temê-las.
Vamos
analisar a corrente definição de “mulheres fortes”. “Mulheres fortes” não são
aquelas que podem erguer objetos pesados, carregar cestas em suas cabeças e
assim por diante. “Mulheres fortes” não são aquelas que podem agüentar com
dignidade as tristezas da vida e da morte. “Mulheres Fortes” não são aquelas
que, além do fardo da maternidade, heroicamente assumem as responsabilidades
dos pais que morreram, são disfuncionais, divorciados ou simplesmente ausentes.
Não,
o que hoje se quer dizer com “mulheres fortes” é: mulheres que podem fazer
qualquer coisa e tudo aquilo que um homem pode; tão bem quanto, ou até mesmo
melhor e, desta forma, não precisam do homem. Como diz o ditado: uma “mulher
forte” precisa de um homem tanto quanto um peixe precisa de uma bicicleta.
(Certamente esta é uma das mais feias e estúpidas analogias que já atingiram o
sublime status de cliché).
Mas
é bom ser necessário: necessário emocionalmente, não somente para as tarefas
físicas, como levar o lixo para fora, matar aranhas e abrir tampas de potes
persistentes. Que homem em seu perfeito juízo preferiria; uma mulher que não
precisa dele, ou uma que precisa? O único tipo de homem que prefere uma mulher
que não necessita dele é aquele que também não necessita dela. Ela até pode ser
útil a ele por um tempo, para o sexo, ou um companheirismo superficial. Mas,
por que ele iria arriscar um comprometimento emocionalmente profundo – por que
iria arriscar que necessitasse dela – quando ela constantemente insiste que, de
forma alguma, precisa dele?
Homens
são naturalmente promíscuos e eles vão colocar-se com “mulheres fortes”
enquanto o sexo for bom. Mas os homens também são naturalmente românticos.
Estou convencido de que os homens possuem sentimentos mais profundos por suas
parceiras do que as mulheres têm pelos seus. (Mulheres reservam seus
sentimentos mais profundos para suas crianças). Homens são desta forma,
emocionalmente mais vulneráveis do que as mulheres e eles irão, naturalmente,
ser cautelosos em comprometerem-se emocionalmente com as “mulheres fortes”, que
são muito mais prováveis de colocá-los em um inferno emocional somente para
provar quão “fortes” elas são. Por isso, é comum que “mulheres fortes” tenham
parceiros, mas é incomum que estejam casadas.
É
simplesmente falso, de forma plena, que as mulheres possam fazer tudo o que um
homem faz, ou ainda melhor. Sim, há mulheres excepcionalmente fortes e homens
excepcionalmente fracos. Mas, na média, os sexos diferem em formas incontáveis.
Assim, é verdadeiro dizer que o homem comum pode ultrapassar a mulher comum em
incontáveis atividades, assim como a mulher comum pode ter um desempenho melhor
que o homem comum em incontáveis outras. Além disso, em qualquer casal, há
sempre algumas coisas que o homem pode fazer melhor do que a mulher e outras
que a mulher pode fazer melhor do que o homem.
Nunca
conheci um homem que fosse obcecado em esmiuçar todas as coisas que sua
namorada pensasse fazer melhor do que ele, para que pudesse provar a ela que
estava errada. Somente sei de uma coisa: certamente eu não o chamaria de um
homem forte. Além disso, posso imaginar que sua namorada se cansaria
rapidamente de suas tentativas de ser melhor do que ela na cozinha ou no
bordado. Depois de certo tempo, penso que ela iria achar ele um ser francamente
desprezível. E quando ela finalmente acabar com ele, imagino que ele estará na
porta da cozinha, de avental e preparando no forno o perfeito suflê, erguendo-o
ao alto em triunfo e gritando, “Você simplesmente tem medo de homens fortes!”
“Mulheres
fortes” são, na realidade, as mais inseguras, triviais e competitivas ao nosso
redor. E estas são fraquezas, e não forças.
Nenhum
homem quer uma mulher que constantemente compete com ele e procura por suas
fraquezas. Os homens tornam a vida competitiva e insegura o suficiente para
seus companheiros homens. Então, eles naturalmente querem que seus
relacionamentos com as mulheres sejam paraísos livres do constante complexo de
superioridade. Mas as “mulheres fortes” não permitem isso.
Outro
problema com as “mulheres fortes” é que elas tendem a imitar concepções
errôneas do comportamento masculino. Elas podem imitar a competitividade
masculina, mas não as formas masculinas de camaradagem, cortesia e irmandade
que dão à competição alguma humanidade. Como poderiam elas, quando todas estas
virtudes comunitárias e suaves são associadas com a feminilidade que as
“mulheres fortes” estão tão preocupadas em superar?
“Mulheres
fortes” fazem-se irritantes pelo fato de que injetam competição onde ela não é
bem vinda. Elas tornam-se ridículas porque inevitavelmente falham em algumas de
suas tentativas para ultrapassarem seus homens. Elas tornam-se desprezíveis
pelo fato de que chantageiam seus homens em deixá-las vencer algumas rodadas
esperando que, talvez, eles tirem esta competitividade maldita de seu sistema.
O
que é uma “mulher forte”? Uma criatura que abandonou as melhores
características de seu próprio sexo em troca das piores características do
outro. Isto é algo que deve ser temido.
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