sábado, 29 de dezembro de 2012

Crianças vs. Televisão: Relação Conflituosa

A chamada “babá-eletrônica” pode não ser tão eficiente como se pensa.

 
Não é novidade para nenhum de nós que hoje TV não é saudável para as crianças. Todos os dias as nossas crianças são alimentadas com todos os tipos de lixo que querem engolir suas cabeças jovens: personagens homossexuais, distorcendo histórias mitológicas, mentiras 'baseadas em fatos reais', influência ao consumismo, ao desapego da cultura, filmes de Hollywood... e a lista continua. É nosso dever proteger nossas crianças da má influência da TV e é necessário para exercer algum grau de supervisão sobre o que assistem.

Sempre é possível dizer algo de negativo sobre a televisão, principalmente sobre a qualidade. Novos estudos, entretanto, criticam o meio de comunicação devido aos seus efeitos sobre as crianças.
Controle (dos pais) remoto?
No relatório Remotely Controlled, publicado em outubro de 2005, o psicólogo Aric Sigman diz que pessoas de todas as idades deveriam diminuir o tempo em frente à TV, principalmente as crianças. O relatório aponta que a média de horas dedicadas à televisão é de quatro horas por pessoa na Inglaterra.

Já as crianças passam cerca de sete horas e meia assistindo televisão e ao computador, um aumento de 40% em dez anos.

Este crescimento causa problemas na educação escolar: “Os professores estão sob a pressão de chamar a atenção dos alunos por causa da exposição deles as imagens rápidas das telas. Eles estão enfrentando uma geração que encontra dificuldades em prestar a atenção e, consequentemente, em aprender. Além disso apresentam muito pouco autocontrole e comportamento anti-social”, afirmou o pesquisador.

TV no quarto
Outros dois estudos trataram do mesmo tema: crianças e televisão. Um deles, publicado em julho de 2005 pelo Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine, concluiu que os pais devem ter bastante cuidado ao expor crianças em idade pré-escolar à TV. Não só: recomenda vivamente que os pais não permitam aos filhos possuir uma TV no quarto.

O segundo estudo, publicado pela Stanford University and Johns Hopkins Researchers analisou os resultados escolares de 350 crianças que possuem TV no quarto.

Os resultados mostraram que as crianças com TV no quarto obtiveram de sete a nove pontos abaixo dos seus colegas que não tinham o aparelho para si. Os testes abarcaram os temas matemática, artes e leitura.

Conclusão

Isso não significa que as crianças não devem ser autorizadas a assistir televisão, a questão não é tentar isolá-las, o ponto é que eles devem ser encorajados a assistir a programas que têm um conteúdo positivo e que pode adicionar a inteligência de uma criança: documentários, programas de ecologia, e assim por diante. A televisão deve ser uma ferramenta usada para promover os interesses positivos em nossas crianças. O mesmo se aplica a computadores e à Internet, exceto pelo fato de que neste caso é ainda pior. Internet pode ser útil e prejudicial: é possível encontrar todo o tipo de lixo on-line, as coisas que nossas crianças devem ficar longe. 

Os três estudos trazem uma mensagem clara: a TV pode ser o que ele é, ou seja, um entretenimento. Entretanto, quando começa a invadir a vida familiar de tal forma que se torna o único meio de diversão, pode ser um problema. Afinal, se entre brincar com os amigos ou estar com os familiares, a televisão é mais interessante, ou há um problema com os amigos e familiares ou com a criança.

Em qualquer caso, há sempre coisas melhores para as crianças a fazer do que ver televisão ou a navegar na rede: fazer exercícios, ler, brincar com os amigos, ler ou fazer actividades em conjunto com sua família. Um ambiente familiar saudável é a base para uma comunidade saudável.

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